Quem vê meu relacionamento assim hoje, nem imagina o quanto eu o sabotei lá no início.
E vocês acham que eu sabia o que eu estava fazendo? Nem de longe!
Eu passei por algumas situações na minha infância, e, como qualquer criança, tive minhas feridas emocionais, principalmente de rejeição e de humilhação.
Eu via minha mãe passando por situações que me deixavam tremendamente decepcionada e frustrada com ela. Sem perceber, eu tinha raiva. Tinha raiva da minha mãe, por ela se permitir viver o que ela vivia.
E essa raiva foi se transformando em orgulho. No meu íntimo eu pensava, eu nunca permitirei que façam comigo o que fizeram para a minha mãe. Eu via sua luta, seu sofrimento, sua fraqueza e suas dores; queria resolvê-las, queria curá-las. Queria vê-la bem. No entanto, eu ainda era muito criança.
Cresci munida de um orgulho descomunal. Principalmente nos meus relacionamentos, entrava sempre armada. Não percebia o quanto erguia um muro de vaidade e arrogância acreditando ser uma proteção. Na verdade, eu ia afastando de mim as pessoas que mais amava.
O que eu carreguei para o meu casamento
Quando casei, por mais que o amasse, entrei com todas as minhas feridas emocionais. Eu tinha uma tremenda dificuldade em expor minhas fraquezas e minhas fragilidades. E assim, toda vez que chegava perto de desnudar minha alma, me sentia vulnerável e me fechava novamente no meu mundo de aparente desprezo e soberba. Erguia meu muro cada vez mais alto.
Quando eu percebi que estava fazendo meu relacionamento caminhar para o fim devido a tantas couraças que erguia em torno de mim mesma (justamente devido minhas debilidades), foi que tomei coragem para olhar para dentro de mim.
Foi triste e doloroso ver minhas ruínas emocionais, mas ao mesmo tempo foi libertador.
Se são minhas, posso resolvê-las!
E foi isso que eu fiz, fui me conhecer, apresentar-me para minhas sombras. Assim, com muita humildade, me reconheci. Me fortaleci.
Derrubei os muros erguidos em torno de mim e me libertei de mim mesma.
Somente um profissional altamente capacitado é capaz de diagnosticar e intervir terapeuticamente nos vínculos de uma família, ajudando a resolver os problemas de relacionamento de maneira objetiva e eficaz.
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