Normalmente, quando acontecem decepções e frustrações na nossa vida, sem percebermos, nos recolhemos em nossa própria dor.
Sem nos darmos conta, nos fechamos como uma ostra, com a intenção de nos preservarmos e, além disso, de nos protegermos de possíveis eventos traumáticos, bem como fazemos isso pelo outro.
É como se o outro não merecesse mais tanto carinho, afeto e dedicação, porque já teve tudo isso e não valorizou.
É quase como um castigo.
Muitos desses sentimentos não são conscientes, são apenas sentidos.
A dor, muitas vezes, é profunda demais para ser olhada, para ser vista. Nós nem queremos falar sobre ela.
Em outros momentos, até queremos falar sobre isso, mas além de não nos sentirmos confortáveis, parece que as pessoas não estão mais dispostas a nos ouvir. Ninguém conseguem enxergar o tamanho do buraco emocional que se instalou no nosso peito, nos sentimos pouco percebidos e nossas dores pouco validadas.
Nos vemos sós. Nos vemos recolhidos em nosso mundo paralelo, porque o mundo real não para a fim de nos recuperarmos, a vida continua passando.
E junto, acompanha a sensação de estagnação, carregada de tristeza, mágoa e rancor.
E essa sensação de que a vida está passando realmente faz sentido. As pessoas estão vivendo. E talvez, a pessoa que fez com que você se recolhesse em seu mundo, nem tenha noção do forte impacto que causou em você.
Estão “tocando o barco”, mas e você?
O que está fazendo da sua vida? O que está fazendo consigo mesma?
Seu péssimo estado emocional não serve de castigo para o outro, por mais que você queira que o outro tenha noção sobre o que lhe fez. Quem mais sofre e deixa de viver intensamente, é você.
Nem todos terão paciência e sabedoria para acolher a sua dor ou te orientar e te tirar desse casulo que você se enfiou.
Você se verá sozinha em todo esse processo. No entanto, de jeito nenhum precisa ser assim.
Busque ajuda.
Somente um profissional altamente capacitado é capaz de diagnosticar e intervir terapeuticamente nos vínculos de uma família, ajudando a resolver os problemas de relacionamento de maneira objetiva e eficaz.
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