A mentira, por menor que seja, pode ser a maior vilã dos relacionamentos amorosos.
Isso porque um dos pilares mais preciosos e mais delicados é fortemente abalado na relação. A confiança.
Quando pensamos em partilhar a vida com alguém, a confiança sempre vem em primeiro plano.
E, para confiarmos, precisamos conhecer.
Ninguém confia de olhos fechados em quem não conhece. Confiar dá segurança. Dá paz. Acalma o coração diante dos reveses da vida, porque você sabe que não está só.
Você sabe que estará amparada se algo acontecer. Você confia. Se joga e sabe que alguém estará te resguardando, te protegendo.
Por isso a mentira tem efeitos tão devastadores, porque envolve a perda dessa segurança, da credibilidade e da autenticidade do outro.
A mentira traz o questionamento do quanto realmente conhecia o outro. Traz dúvidas, medos, inseguranças e incertezas.
Principalmente quando envolve traição. A sensação que se tem é que nunca conheceu seu parceiro de verdade.
Quem é essa pessoa ao seu lado?
É a pessoa que sempre se mostrou íntegra, de valores e de princípios morais? Ou é essa outra pessoa que mentiu, que ocultou e que feriu até os seus próprios princípios?
Essas duas pessoas são a mesma. É luz e sombra.
Nem nós mesmos nos conhecemos por completo, então como queremos conhecer o outro?
Temos fraquezas que nós desconhecemos, e só temos ciência quando nos deparamos com elas, frente a frente. Muitas vezes, usamos a mentira para camuflar medos, fragilidades e vulnerabilidades.
É difícil admitirmos que não somos perfeitos e que não damos conta dos desejos do outro.
É preciso muita maturidade e muita coragem para admitirmos um erro, para assumirmos que fomos fracos, e assim, corrermos o risco de cair no conceito do outro.
Cair no conceito do outro pode significar não ser mais amado, admirado e nem desejado.
A verdade exige pleno estado de equilíbrio psíquico, emocional e até espiritual. Ela traz consequências que as pessoas não estão preparadas para enfrentar.
A verdade exige muito mais que coragem para enxergar e lidar com suas próprias limitações. Exige, acima de tudo, hombridade.
Somente um profissional altamente capacitado é capaz de diagnosticar e intervir terapeuticamente nos vínculos de uma família, ajudando a resolver os problemas de relacionamento de maneira objetiva e eficaz.
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