“Marido me traiu, voltamos e não deu certo. Eu ainda o amo, devo insistir?”
Depende… De que maneira você está “insistindo”?
Eu sempre acho que vale a pena uma reconciliação, mas se vier com uma reconstrução.
Voltar por voltar, na grande maioria das vezes, não dá certo, só se cria mais desentendimentos e mais rancores entre o casal. Se o casal tiver filhos então, ficam tremendamente prejudicados emocionalmente, porque criam a esperança que dessa vez dará certo. Mas, no final, acabam presenciando mais brigas e uma tremenda sensação de fracasso de ambos os pais.
Achar que a solução é voltar de onde pararam é um tremendo erro.
Para dar certo, é preciso fazerem uma retrospectiva, como a que costumamos fazer todo final de ano. É preciso saber avaliar o que estava dando certo e, principalmente, o que estava dando errado na relação.
E nem todos temos a maturidade necessária para conseguirmos enxergar o que é preciso, porque isso envolve termos que lidar com as nossas próprias limitações.
Nesse momento, é preciso termos coragem
Enxergar que temos nossos medos, nossas fragilidades e nossas feridas emocionais (que comprometem infinitamente o relacionamento), não é nada fácil. Demanda muita coragem.
Exige coragem para perceber que não somos perfeitos, que não temos que dar conta de tudo, que não temos que nos mostrar fortes o tempo todo e que podemos ser falíveis e está tudo bem.
Quando você percebe e aceita as suas limitações e imperfeições, permite que o outro também seja imperfeito. Você entende que houve falhas dos dois lados, que vocês dois não souberam resolver os conflitos de maneira assertiva.
Ao aceitar suas próprias sombras, você é inundada por um sentimento de humildade; que não tem nada a ver com humilhação ou submissão. Trata-se de conhecer suas próprias fraquezas e fortalecê-las.
Você atinge um grau tão elevado de evolução emocional (e até espiritual), que não tenta mais projetar suas falhas sobre o outro, entende que são suas e sobre elas você tem todo o controle.
Sobre você, você tem controle.
Foque nisso!
Somente um profissional altamente capacitado é capaz de diagnosticar e intervir terapeuticamente nos vínculos de uma família, ajudando a resolver os problemas de relacionamento de maneira objetiva e eficaz.
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